Seus olhos cansados, as rugas no rosto A beira do rancho mateia solito Reponta lembranças por muitos caminhos Campeando as estrelas pelo infinito O tempo sem tégua o leva aos poquitos E a geada dos anos lhe envolve a melena Tropilha de sonhos cruzando a memória Potranca saudade ele já não enfrenta (Refrão) Lhe resta os arreios, a roupa surrada E um ponchito velho que está no galpão As muitas histórias de um tempo passado Trabalho pesado, as lides de peão (Repete o Refrão) O berro do gado perdeu-se a distância Caminha parceira lá junto do boi A vã esperança que a vida melhore E a força do braço que a muito se foi As noites são longas e os dias infindos Apenas um mate lhe aquece e acalma Um pouco da pampa floresce em sua imagem Raizes que brotam do fundo da alma (Repete o Refrão 2x)